domingo, 25 de março de 2012

Centrais de biomassa de José Sócrates estão paradas


Retirado daqui:
Das 11 obras adjudicadas, só duas foram feitas porque não há financiamento. E agora, há matéria-prima a mais para as centrais que existem


José Sócrates apresenta livro do pai, Fernando Pinto de Sousa, sobre a terra do dele
José Sócrates, ex-primeiro-ministro
Daniel Rodrigues
23/03/2012 | 17:04 | Dinheiro Vivo
A aposta do Governo de José Sócrates nas energias renováveis incluía a construção de 11 centrais de biomassa, que iriam gerar investimentos de cerca de 360 milhões de euros e criar perto de 2.500 postos de trabalho efetivos.
Contudo, apesar de todas terem sido adjudicadas, apenas duas foram concluídas, disse ao Dinheiro Vivo, o presidente da Associação Portuguesa dos Produtores de Energia e Biomassa (APEB), Carlos Alegria.
De acordo com este responsável, as outras nove unidades atribuídas não conseguiram até agora arranjar financiamento e algumas das empresas já chegaram a desistir dos projetos.
A Fomentinvest, de Ângelo Correia, antigo patrão do primeiro ministro, é uma delas. A empresa ganhou duas centrais, vendeu uma e quer vender a outra porque já perdeu o interesse na obra, apurou o Dinheiro Vivo.
Das outras empresas que ganharam os concursos e não avançaram com as obras destacam-se a Águas de Portugal ou a Nutroton, empresa que até ao final do ano passado era gerida por Marques Mendes.
Segundo Carlos Alegria, o problema tem sido o financiamento. “A banca não empresta dinheiro porque não há garantia de fornecimento de biomassa, enquanto que numa barragem há sempre água e numa eólica há sempre vento”, explicou.
No entanto, neste momento, conta o presidente da APEB, “há matéria-prima a mais porque não há centrais que cheguem para a processar. Tenho biomassa para três meses na minha central”.
Além disso, diz ainda Carlos Alegria, a tarifa a que o Estado paga a eletricidade produzida nas centrais “é muito baixa” para as exigências financeiras de uma central.

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