sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

'Natureza, Gastronomia & Lazer' vence prémio de Literatura Gastronómica



O livro 'Natureza, Gastronomia & Lazer - Plantas silvestres alimentares e ervas aromáticas condimentares”, da editora “Edições Colibri', venceu o Prémio de Literatura Gastronómica 2010, atribuído pela Academia Internacional de Gastronomia.
'Natureza, Gastronomia & Lazer' dá a conhecer a flora do sul do país e a sua importância na criação da uma cultura gastronómica mediterrânica. Este livro, da autoria da professora Maria Manuel Valagão, venceu o prémio Prix de la Littérature Gastronomique 2010, atribuído pela Academia Internacional de Gastronomia.
A Academia Portuguesa de Gastronomia foi a responsável pela proposta e defesa do prémio durante a Assembleia Geral da Academia Internacional representada por 24 países, que decorreu no dia 31 de Janeiro, em Paris.
Neste livro são apresentadas plantas silvestres alimentares e ervas aromáticas utilizadas tanto na gastronomia tradicional como na mais vanguardista. É focada a importância da conservação das espécies silvestres locais no desenvolvimento do território e na valorização do património alimentar.
São também referidas as tradições alimentares locais e práticas culinárias, conhecimentos intemporais transmitidos de geração em geração que constituem parte da nossa identidade cultural.

Fonte: www.edi-colibri.pt

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Curso de Botanica


Oficina ervas comestíveis

Na sabedoria popular consta uma longa lista de espécies de plantas silvestres directamente comestíveis pelas suas folhas, flores, talos ou rebentos, mas a nossa sociedade industrial foi-nos afastando desses conhecimentos.

         O declínio da recolecção de ervas comestíveis deveu-se também a uma conotação negativa desta prática, pois há ainda recordações de tempos de escassez em que estes recursos silvestres eram muitas vezes os únicos disponíveis!

         Ao contrário dos usos condimentares e medicinais, os usos culinários não se encontram bem documentados, por isso recuperar alguns dos conhecimentos populares e descobrir as vantagens do uso das ervas na nossa alimentação são os principais objectivos desta oficina, onde também não faltará a degustação de vários pratos confeccionados com ervas!


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MPI - Movimento Pró-Informação para a Cidadania e Ambiente

Edifício da Junta de Freguesia do Vilar
Largo 16 de Dezembro, n.º 2
2550-069 Vilar

Tel/Fax: 262 771 060

e-mail: mpicambiente@gmail.com

http://mpica.info

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Projecto 'Bioaromas' distinguido como um projecto piloto

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O Projecto 'Bioaromas- Plantas aromáticas e Medicinais' foi destacado no programa "Sociedade Civil" da RTP2 do dia 25 de Outubro de 2010 como um projecto piloto e de sucesso a nível nacional, para a inclusão social e preservação da biodiversidade.
Ver vídeo » »
bio_aromas.jpgng-p_setembro.jpgTambém a revista "National Geographic Portugal", na edição de Setembro, publicou uma reportagem sobre o projecto Bioaromas em Proença-a-Nova, seleccionando-o como uma das boas notícias/grandes actividades no tema "Biodiversidade, como preservá-la?" .
Este projecto é uma iniciativa da unidade de Ensino estruturado da Escola EB2,3/S Pedro da Fonseca de Proença-a-Nova e conta ainda com as parcerias do Município de Proença-a-Nova, Centro de Ciência Viva da Floresta e Escola Superior Agrária de Castelo Branco, na pessoa da Professora Fernanda Delgado.
Desde 2008, surgiu a necessidade de sensibilização profissional dos jovens com necessidades educativas especiais proporcionando-lhes uma experiência de iniciação pré-profissional em contexto de trabalho. Os jovens que participam nestas actividades têm idades compreendidas entre os 13 e os 18 anos e vivenciam uma experiência de produção de ervas aromáticas e medicinais como a Lúcia-lima, a Erva príncipe, a Alfazema, o Rosmaninho ou o Poejo. A criação da marca "Bioaromas" permite que estas, após serem secas sejam utilizadas em infusões, sacos de cheiro, óleos essenciais e também em produtos para saborear tais como o pão aromatizado com carqueja, bolos de cidreira, tartes de amêndoa, alecrim e bolachas maravilha.
Trata-se de um projecto que todos os anos integra novos alunos e que tem permitido a divulgação, aprendizagem e sensibilização para a conservação e utilização sustentável da nossa riqueza vegetal e regional.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Casca de eucalipto pode se reaproveitada para produção de etanol‏

Casca de eucalipto pode se reaproveitada para produção de etanol

Com informações da Agência USP - 19/01/2011
A viabilidade da produção de etanol a partir das cascas de eucaliptos descartadas pelas fábricas de celulose e papel foi comprovada em pesquisa da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba.
Passivo ambiental vira energia
Os experimentos realizados pelo químico Juliano Bragatto demonstram que uma tonelada de resíduo gera 200 quilos de açúcares, que permitirão produzir 100 litros de etanol.
Esta produção pode dobrar com o aproveitamento do açúcar existente na estrutura das cascas.
O químico conta que a indústria de papel e celulose gera um resíduo de cascas de eucalipto que em geral não é aproveitado.
"Em alguns casos, é feita a queima para produção de energia, mas a grande quantidade de cinza gerada torna o processo bastante insatisfatório", diz Bragatto. "Para evitar a formação de um passivo ambiental, foi avaliada a composição química das cascas para saber o potencial de transformação em bioetanol".
Casca de eucalipto
A casca do eucalipto possui açúcares solúveis que podem ser prontamente postos em contato com as leveduras que produzem o etanol por meio de fermentação.
"Entre eles se encontram a glicose, a frutose e a sacarose", afirma o químico. A casca fresca, obtida logo após o corte da madeira, possui 20% de açúcares solúveis. "Este número cai pela metade em um período de dois a três dias, porque ocorre a degradação dos açúcares na casca, por isso o ideal seria aproveitar o resíduo imediatamente após ser produzido."
Uma tonelada de resíduos pode gerar 200 quilos de açúcares, volume suficiente para produzir 100 litros de etanol.
"Somando-se o açúcar que pode ser obtido da quebra da celulose, estima-se uma produção adicional de 94 litros, dobrando o rendimento de etanol", destaca Bragatto. "Havia a possibilidade de alguns compostos químicos presentes na casca do eucalipto inibirem a fermentação, prejudicando a produção de álcool, o que não aconteceu."
Florestas energéticas
O rendimento do processo de produção do etanol a partir dos resíduos de eucaliptos é semelhante ao do álcool de cana-de-açúcar.
"As cascas são submetidas a uma lavagem com água a 80 graus, onde se obtém uma infusão que é posta em contato com as leveduras", explica o químico. "Também é possível moer a casca e a realizar a fermentação com o caldo obtido, da mesmo modo que a cana."
As pesquisas deverão prosseguir com a utilização de um maior número de variedades de eucalipto, para verificar com exatidão a composição química das cascas e a quantidade de açúcar disponível.
"Este conhecimento é um passo importante para consolidar o conceito de florestas energéticas", destaca Bragatto. "Uma vez obtido o açúcar, ele pode ter outras aplicações, como servir de matéria-prima na produção de bioplásticos e biopolímeros."